domingo, 26 de abril de 2009

Saúde e Orientação Sexual


Questão norteadora 4
O que e como tem sido abordados os Temas Transversais nas aulas de Educação Física Escolar?


Para responder essa questão norteadora, como os meus colegas utilizo das minhas vivências como professor de educação física na escola e de referências que me guiam na busca de um melhor desenvolvimento do tema Saúde e Educação Sexual.
Faço aqui o meu relato de experiência, e espero que não entendam esse relato como um monólogo, pois acredito que se enquadra na temática que fiquei responsável e que serve também para responder a questão norteadora 4.

Quando realizei o estágio supervisionado II do currículo do curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria, pude ter experiências inovadoras e desafiantes, que resultaram em um artigo publicado em uma revista argentina com o título EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL NOTURNO UMA PROPOSTA DIFERENCIADA: OLHARES DE UMA FORMAÇÃO DOCENTE (link segue abaixo), neste artigo relato a oportunidade para o desenvolvimento de uma educação física diferenciada no período noturno, em que algumas escolas têm o ensino fundamental nesse período, devendo assim ter um professor de educação física para ministrar as aulas, por esta disciplina ser componente curricular obrigatório na educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno que cumprir jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; que seja maior de trinta anos de idade; que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da Educação Física; sendo amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969 e que tenha prole. Neste contexto desafiador eu acadêmico de educação física como professor/estagiário inexperiente, tive grandes dificuldades no início, pois estava acostumado nos outros estágios a utilizar o pátio da escola, materiais esportivos etc, o que não foi totalmente possível de se utilizar à noite, onde a quadra tampouco tinha iluminação. A única saída era preparar atividades dentro da sala de aula, algo não muito comum na educação física já institucionalizada. Desenvolvi muitas atividades de leitura, que fomentaram debates dentro da sala de aula, utilizando de subtemáticas dos temas transversais (o que não tinha idéia, pensando assim hoje como temática transversal), utilizamos o laboratório de informática para pesquisas, e através das aulas com retroprojetor trabalhei com conteúdos relacionados a anatomia e fisiologia dos sistemas, doenças não-transmissíveis como a diabetes mellitus, obesidade, AVC, infarto agudo do miocárdio, relacionados ao exercício e envelhecimento, devido uma pequena população de alunos com idade superior aos 60 anos, e que me pediam insistentemente que falasse sobre esses temas, já que muitos possuíam alguma doença relacionada, foi necessário estudar, aprofundar-me e conhecer mais sobre esses assuntos, também na semana de combate a dengue montamos folders informativos e distribuímos na comunidade, num projeto amplo da escola.

Realizamos diversas brincadeiras e atividades cooperativas, recreacionais, com jogos variados, onde formulávamos situações problema, em que os alunos deveriam resolvê-las utilizando o pensamento lógico, a criatividade, intuição. Essas importantes experiências fizeram-me olhar a educação física com outros olhos, me desconstrui e me reconstrui dentro de uma oportunidade, que às vezes nós em quanto acadêmicos não temos, pois para alguns professores e acadêmicos é impossível ver uma educação física sem a utilização dos esportes coletivos. Digo que os temas transversais podem ser muito bem desenvolvidos no contexto escolar, na realidade instintivamente desenvolvi os temas transversais sem saber, e foi esse instinto que me proporcionou desenvolver uma aula no mínimo interessante e que chamasse a atenção dos alunos, falhei por vezes, mas aprendi em todas elas.

Abordei dessa forma instintiva os temas transversais, e recursos como as TIC's (tecnologias de informação e comunicação) e acredito que já existam projetos que desenvolvem com efetividade esses conteúdos dentro da escola. Por fim acredito que o ensino fundamental noturno, tema deste trabalho, como toda a educação básica de uma maneira geral é um espaço onde podem ocorrer profundas transformações no modo como vemos a educação física na escola. Porém para que isto aconteça é necessário haver uma formação voltada a essas necessidades, apoiando-se na demanda de professores para o turno da noite e demais turnos, garantindo espaços para que a disciplina seja mais respeitada no meio escolar, utilizando também dos temas transversais e da atualidade para um backup na forma tradicional e institucionalizada como vemos a educação física escolar.


Link para o acessar o artigo




Acadêmico: Jessié Martins Gutierres

quarta-feira, 22 de abril de 2009

SAÚDE E EDUCAÇÃO SEXUAL


Questão norteadora 3
Em que situações pedagógicas os Temas Transversais potencializam interações criando novos espaços de aprendizagem nas aulas de Educação Física Escolar?

Para responder essa questão norteadora chave, exemplificarei através de algumas matérias relacionadas ao tema Saúde e Educação Sexual, começando inicialmente com a temática de Saúde relacionada ao movimentar-se, a atividade física e seus benefícios. Em seguida trato da questão de gênero relacionado ao tema de Educação Sexual, devido principalmente, a atenção que o professor de educação física deve ter com a diferença de gênero em suas aulas, tão bem debatidas no ambiente acadêmico porém não muito evidente dentro do contexto escolar.

Matéria obtida do site http://www.rainhadapaz.com.br/ensino/medio/edfisica.htm.

Este site foi criado pelo colégio Rainha da Paz onde dentro das disciplinas normativas e obrigatórias no ensino médio criou a cadeira de Educação Física e Saúde, explorando o contexto atual da educação física no que diz respeito à atividade física e os benefícios para a saúde, englobando um dos temas transversais para educação chave como a Saúde e a Educação Sexual.


EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE



Nos últimos anos, a pesquisa tem demonstrado que uma boa parte da falta de saúde é causada diretamente pela falta de atividade física . A tomada de consciência desse fato, acompanhada de um conhecimento mais completo a respeito de cuidados para com a saúde, está modificando os estilos de vida. O entusiasmo atual pelo movimento não é modismo. Sabemos agora que o único meio de prevenir os males da inatividade é permanecer ativo – não durante um mês, nem um ano, mas a vida toda.
Nossos ancestrais não sofriam dos problemas que se seguem a uma vida sedentária; eles precisavam trabalhar para sobreviver. Permaneciam fortes e saudáveis devido a atividades vigorosas e constantes (ao ar livre): cortando lenha, cavando, cultivando o solo, plantando, caçando, além de todas as demais tarefas diárias. Porém , face ao advento da Revolução Industrial, as máquinas passaram a realizar o trabalho que era feito a mão. À medida que as pessoas passaram a ser menos ativas, começaram a perder força e também o movimento natural.

É evidente que as máquinas tornaram a vida mais fácil, mas elas também criaram sérios problemas. Em vez de andarmos, dirigimos; em vez de subirmos escadas, usamos elevadores; enquanto antigamente estávamos quase o tempo todo em atividade, hoje gastamos a maior parte de nossas vidas sentados. Na ausência de exercícios físicos diários, nossos corpos tornaram-se depósitos de tensões acumuladas. Na ausência de canais naturais de saída para nossas tensões, nossos músculos tornam-se fracos e tensos, e perdemos o contato com nossa natureza física, com as energias vitais.

Necessidades e obrigações tornaram nossas vidas tão agitadas que esquecemos de tomar nossas refeições calmamente e selecioná-las de acordo com as necessidades e características individuais. A quantidade de horas dormidas que podem determinar a qualidade e o rendimento do nosso trabalho somadas às necessidades de ordem psicológicas como a auto-estima, a pertinência, o reconhecimento e o respeito dos semelhantes, o sentir-se útil, e os valores de ordem social como a solidariedade, a cooperação, o respeito, a amizade, também já se tornaram quase esquecidas ou tão sem importância a ponto de lembrar a Organização Mundial de Saúde (OMS) que caracteriza "estado de saúde" como sendo o conjunto bio-psico-social.

Considerando-se que a vida sem atividade física pode ser igualmente vivida sem educação, sem saúde, sem alimentação adequada e sem assistência médica/odontológica, acreditamos poder, através da atividade física e saúde tornar nossos alunos, autônomos, no sentido de organizarem suas próprias vidas e acrescentar a ela mais anos, ou acrescentarem a ela mais anos ou, aos anos, mais vida.

O curso de Educação Física e Saúde espera que, no decorrer dos três anos do ensino médio, os alunos tenham encontrado, através das modalidades esportivas, as respostas a seus anseios, expectativas e necessidades de movimento. Pretendemos, com isso, oferecer algo motivante, como a prática de modalidades esportivas, sem, no entanto, esquecer a importância do desenvolvimento das capacidades e habilidades físicas próprias à faixa etária em que se encontram. Lembramos que o equilíbrio no que diz respeito ao desenvolvimento de capacidades tais como: força, velocidade, resistência, coordenação motora, flexibilidade etc... vão determinar o crescimento harmônico dos sistemas ósseo, muscular e nervoso, e que somente essa harmonia poderá propiciar condições de uma performance geral na prática de modalidades esportivas. Por sua vez, facilitará o equilíbrio emocional, a integração social e as condições para que o organismo acumule reservas para responder às solicitações de sobrecargas exigidas durante as práticas esportivas.
O controle destas qualidades será feito através de testes ergométricos e testes de habilidades objetivos, realizados em cada unidade, possibilitando a detecção de fatores que estejam interferindo negativamente com indicação de eventuais encaminhamentos específicos.
A estrutura das atividades no curso de Educação Física e Saúde compõe-se basicamente de testes, textos e discussões, atividades físico-formativas, recreativas, posturais e atividades desportivas.





Conclusões

A matéria do colégio chamou-me a atenção por demonstrar que os professores de educação física desta escola estão preocupados em discutir com os alunos o contexto físico e ativo da população, levando pesquisas, matérias que sirvam para discutir dentro do ambiente escolar o papel não só da educação física mas que os alunos devem ter, utilizando também do esporte no que diz respeito a manter uma vida saudável e estilo de vida ativo. É desta forma que nós profissionais de educação física devemos criar uma cultura não só esportiva, mas fomentar hábitos de vida saudáveis, utilizando também os temas transversais como recursos pedagógicos, dentro das aulas, nos esportes coletivos, nas brincadeiras recreacionais, como o que a escola e os professores nessa matéria têm desenvolvido, a fim de conscientizá-los da importância da atividade física, seja qual for, para a saúde.



Diferença entre sexos não melhora
Questões de Gênero e Orientação Sexual

Tribuna da Imprensa
Qui, 13 de novembro de 2008 15:23

A diferença entre homens e mulheres na sociedade brasileira ficou praticamente inalterada no último ano, o que deixa o País com um dos piores resultados da América Latina. É o que mostra o relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado ontem. Ao comparar as condições entre os dois sexos em 130 países, que representam 92% da população mundial, o Global Gender Gap Report 2008 colocou o Brasil em 73º lugar, posição semelhante à ocupada no ano passado (74º). A entidade analisou quatro critérios: participação econômica e oportunidades, acesso à educação, saúde e poder político. O principal destaque é o fato do Brasil aparecer como uma das 24 nações que conseguiram acabar com a diferença entre homens e mulheres na área da educação e uma das 36 que eliminaram o intervalo na saúde. Conforme o Fórum, também houve pequenos avanços na presença da mulher brasileira na força de trabalho e nos ganhos salariais, avaliados no quesito participação econômica. No entanto, o País perdeu muitas posições no critério de poder político, pela fatia reduzida do sexo feminino no Congresso e em cargos ministeriais. O resultado coloca o Brasil entre os últimos lugares da América Latina e Caribe, atrás de Trinidad e Tobago (19), Argentina (24), Cuba (25), Barbados (26), Costa Rica (32), Panamá (34), Equador (35), Jamaica (44), Honduras (47), Peru (48), Colômbia (50), Uruguai (54), Venezuela (59), Chile (65) e Nicarágua (71). A região conseguiu destaque no relatório deste ano ao agrupar 18 das 36 nações que eliminaram a diferença entre homens e mulheres na área de saúde, além de registrar seis dos 24 países que acabaram com o intervalo na educação.

Nenhum país zerou diferença entre sexos


Nenhum dos 130 países analisados pelo Fórum Econômico Mundial conseguiu zerar a diferença entre homens e mulheres na sociedade. No entanto, mais de dois terços melhoraram seus indicadores, conforme o Global Gender Gap Report 2008, divulgado ontem. Para a entidade, o resultado indica que "o mundo em geral fez progressos na direção da eqüidade entre homens e mulheres". O levantamento mostrou que o avanço foi obtido principalmente nas áreas de educação, participação econômica e poder político. Já no segmento de saúde, a diferença entre os sexos aumentou. Os quatro primeiros colocados - Noruega, Finlândia, Suécia e Islândia - conseguiram fechar em cerca de 80% o intervalo entre os gêneros. Os países nórdicos ocupam, portanto, a liderança do levantamento. Nova Zelândia, Filipinas, Dinamarca, Irlanda, Holanda e Letônia completam, pela ordem, a lista dos dez primeiros. Já no Iêmen, que ficou em último lugar, apenas 47% das diferenças foram eliminadas. Países como a Alemanha (11), Reino Unido (13) e Espanha (17) perderam posições, mas continuam entre os vinte primeiros. Os Estados Unidos ocupam a 27ª colocação. "Uma melhor representação das mulheres em posições de liderança em governos e instituições financeiras é vital não apenas para encontrar soluções para a atual turbulência financeira, mas também para prevenir novas crises no futuro", diz Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, em comunicado.

Fonte: Tribuna da Imprensa, 13/11/2008


Diante do exposto pelas duas matérias retiradas do site socialismo e liberdade, que aborda temas como a orientação sexual e questões ligadas a gênero, faço uma análise dessas matérias em conjunto com um artigo publicado na revista Refeld com o título: A QUESTION OF GENDER IN THE LESSONS OF PHYSICAL EDUCATION, A questão de Gênero nas Aulas de Educação Física, que aborda esse tema, e discute o papel do professor de educação física quando diante dessa aparente desigualdade de gênero o que deve fazer e como o professor deve enfrentar essa questão nas suas aulas. O artigo é uma pesquisa de campo onde os autores aplicaram questionários, com perguntas abertas e fechadas a fim de verificar se dentro das aulas por eles observadas existe alguma relação de gênero, e quando há diferença, qual é a atitude do professor. A seguir o resumo do Artigo e o link para acesso:


A questão de Gênero nas Aulas de Educação Física
(Campos, A.F; Cocate, P.G.; et al., 2008)

http://www.refeld.com.br/pdf/03.11.08/genero_educacaofisica.pdf

Resumo

Atualmente, vivemos em uma sociedade marcada por exclusões, dentre as quais destaca-se a questão de gênero. Nas aulas de educação física (EF), presenciamos essa divisão de forma nítida, quando professores reforçam padrões discriminatórios de comportamento em seu discurso. O objetivo desse estudo foi analisar a relação de gênero nas aulas de EF e a real atuação do professor diante desse problema. Nesse trabalho foram realizadas observações de 15 aulas de EF além da aplicação de um questionário para 100 alunos do ensino fundamental, de uma escola pública do interior de Minas Gerais. Verificou-se que a grande maioria dos alunos, disseram que meninos e meninas fazem as aulas de EF juntas, não havendo separação entre eles. Porém observou-se pouca interação entre os alunos no decorrer das aulas, havendo nítida separação entre os gêneros na maioria das atividades. Constatou-se também que, meninos e meninas consideram ter direitos iguais nas aulas, compartilhando o mesmo espaço e interrelacionando de maneira harmônica nas atividades. Entretanto, ao observar as aulas, verificou-se contradição nas respostas dos alunos. Conclui-se que grande parte das aulas de EF é dividida entre meninos e meninas e que esta atitude de divisão sexista é reforçada pelas atividades propostas pelo professor.

Palavras Chave: Gênero, Educação Física



Lendo as matérias e juntamente o artigo, pude concluir que a questão global de gênero, como a dificuldade das mulheres ainda de terem os mesmos direitos que os homens, as mesmas oportunidades de emprego, participação econômica igualitária, acesso à educação, saúde e poder político, relaciono essas questões com a questão de gênero na escola bem discutido pelo artigo que citei, avalio que toda essa problemática repercute no contexto escolar. A diferença de gênero começa quando nós professores dividimos nossas turmas, onde meninos e meninas ficam separados e não realizam atividades em conjunto, assim o professor deve modificar as suas aulas e para que seja possível integrá-los, proporcionando atividades em que ambos possam realizar em grupo as tarefas, as aulas devem ser criativas para que também não aja resistência por parte deles, dessa maneira é possível que ocorra uma maior interação e motivação para a participação de todos nas aulas. Desta forma utilizo uma das conclusões do artigo

"A persistência de uma educação física que reflete sobre suas práticas e que se desresponsabiliza pela formação de seus alunos e alunas, acaba através de seu silêncio, colaborando para a formação dos estereótipos de homem e mulher, mantendo assim, uma postura supostamente neutra ajudando na formação de uma consciência coletiva de que ser homem e ser mulher atenda a determinação padrões e conduta. Cabe então repensar o papel desse conteúdo escolar, buscando novas formas de ensino e novas relações sociais."

Por fim Acredito que os temas transversais contribuem para uma melhor instrumentalização teórica e prática dos professores, em diferentes situações pedagógicas como a conscientização de que um "estilo de vida" saudável, pode contribuir para a saúde dos indivíduos de uma forma efetiva, e que questões como o gênero podem potencializar interações e criar espaços de aprendizagem dentro das aulas de educação física para a discussão e debate de idéias.
TEMA SAÚDE E EDUCAÇÃO SEXUAL
Acadêmico: Jessié Martins Gutierres

Ética

Em que situações pedagógicas os Temas Transversais potencializam interações criando novos espaços de aprendizagem nas aulas de Educação Física Escolar?

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998b) buscar o desenvolvimento de uma educação voltada para a cidadania, requer a apresentação de questões sociais que efetivamente contribuam para a aprendizagem e reflexão dos alunos, possibilitando-lhes uma visão ampla e consistente da realidade da qual fazem parte, além de proporcionar o desenvolvimento da capacidade de posicionar se diante das questões que interferem na vida coletiva.
Justifica-se a escolha da ética, pelo fato de possuir uma relevância muito grande na sociedade e no contexto escolar, por fazer parte da realidade dos professores e, principalmente, por causa das dificuldades que se apresentam ao lidar com este tema.
De acordo com o objetivo desta pesquisa, buscamos apresentar ao grupo de professores colaboradores a possibilidade de tratar da ética como um conteúdo das aulas de Educação Física, pois acreditávamos que os professores já faziam discussões sobre ética nas aulas, mas só quando conflitos surgiam ou outras situações que proporcionavam uma conversa ou discussão sobre o tema e a intenção do trabalho era de que eles passassem a trabalhar intencionalmente com a ética nas aulas, incluindo-a como conteúdo no planejamento da disciplina.
A respeito da relação entre jogos e ética, os PCNs (BRASIL, 1997b) indicam que a Educação Física por se tratar de uma disciplina na qual as atividades motoras realizadas expõem de forma clara as competências e dificuldades dos alunos, requer muito cuidado para que os fracassos experimentados não se transformem em motivo de humilhação e desprezo. Ainda mais se for considerado que vivemos em uma sociedade na qual as competências físicas e a beleza corporal são extremamente valorizadas.
Neste contexto, os jogos representam excelentes oportunidades para a experiência de valores como, por exemplo, o respeito mútuo, a solidariedade, a justiça e o diálogo, princípios que são propostos pelo documento em relação ao tema transversal ética, como básicos para convivência democrática e a partir dos quais procedimentos concretos podem ser cultivados e exercidos nas práticas da cultura corporal. Promover jogos nos quais os alunos possam combinar ou modificar as regras de comum acordo pode ser uma excelente experiência para o diálogo, a cooperação obtida propicia o estabelecimento e cumprimento de contratos, e é onde os alunos aprendem a honrar a palavra empenhada e constituem relações de reciprocidade, pois a trapaça em relação a qualquer uma delas neste caso implicará principalmente na quebra de um acordo e no desrespeito aos colegas. O professor pode estimular também a construção de jogos e brincadeiras, nos quais as regras sejam estabelecidas por meio democrático através do diálogo.
O respeito mútuo pode também ser exercido no jogo, na interação com os adversários por meio de uma participação leal e não violenta. Além disso, pode proporcionar atitudes de solidariedade e dignidade frente ao adversário, por exemplo, em momentos nos quais a equipe vencedora possui atitudes de não provocar e não humilhar, e a equipe que perdeu consegue reconhecer a vitória dos outros sem sentir-se humilhada. A capacidade do julgamento de justiça pode ser desenvolvida nas vivências de confronto com o resultado dos jogos e das decisões do árbitro. O respeito às regras torna-se necessário para que o jogo seja “limpo”, qualquer infração resulta em um ato de injustiça contra a equipe adversária e o contrato estabelecido por meio das regras. Nos jogos que privilegiam o trabalho em equipe a solidariedade e a cooperação podem ser exercidas e valorizadas.
Os jogos possibilitam ainda a discussão de valores éticos relacionados a outros elementos. Em relação aos meios de comunicação, debates e discussões podem ser incentivados, especialmente em relação aos jogos de futebol transmitidos pela televisão, nos quais se assistem atitudes incompatíveis com o respeito mútuo, como faltas violentas e desleais, tentativas de se enganar o juiz, lances ilegais, gols cometidos de maneiras irregulares.
De acordo com os PCNs (BRASIL, 1997b) o caráter abstrato dos valores fazem com que a ética seja um eterno pensar, refletir e construir. À escola cabe educar os alunos para que tomem parte nessa construção, para que possam se tornar livres e autônomos para pensarem e julgarem.
Importante para esta pesquisa foi à constatação de que os professores de alguma maneira continuaram refletindo sobre a ética e procurando, à sua maneira, lidar com questões relacionadas ao tema.

O artigo completo você encontra na página:
http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/motriz/article/viewFile/575/738

Acadêmicos: Luciano Antonelli Becker e Luiz Fernando Zanoello

terça-feira, 21 de abril de 2009

Temas Locais

Temas Tranversais - Temas Locais
O que e como tem sido abordados os Temas Transversais nas aulas de Educação Física Escolar?
(questão norteadora 4)
Neste texto não temos a pretensão de uma abordagem totalizante e, muito menos, de indicar um caminho único para a Educação Física Escolar, mas de trazer para a discussão elementos que podem ser incorporados na prática pedagógica dos profissionais de Educação Física.
Mesmo antes de nossa inserção no contexto de trabalho, vivemos as angústias, expectativas e incertezas de conseguir justificar nossas ações na escola. Ficamos confusos devido à diversidade de temas historicamente produzidos e incorporados pela Educação Física: esportes, jogos, lutas, danças, atividades rítmicas e expressivas..., temas estes que entendemos deveriam/devem ser abordados em nossas aulas.
Essa afirmação nos leva a esboçar um entendimento acerca do atual cenário da Educação Física no contexto escolar e, ainda, dentro deste projeto discutir, dentro dos Temas Locais, O que e como tem sido abordados os Temas Transversais nas aulas de Educação Física Escolar?
Então vamos relatar as experiências que tivemos, o que vimos, observamos e presenciamos durante nossos estágios.
Dentro dos temas locais, é difícil encontrar sua inserção durante as aulas de educação física.
Relatos de alguns colegas e professores, em conversas durante as reuniões de supervisão dos estágios orientados, mostram que a presença da violência, bullying, temas abordados no decorrer deste projeto, já postados aqui no blog, durante as aulas. Mas os professores não trabalhavam estes assuntos em sala de aula, apenas os presenciavam em situações corriqueiras e tentavam acabar estes episódios de maneira inapropriada por vezes.
Pesquisando pela internet, notamos que algumas escolas da rede pública e/ou privada, inserem temas como o Trânsito em suas aulas, dando noções de cidadania a seus alunos.
O desenvolvimento econômico e social da nossa região exige o cenário de uma escola, democrática, criativa, inclusiva, plural, participativa, agente do desenvolvimento sustentável, capaz de garantir a igualdade de oportunidades para todos.
Com a LDBEN 9394/96 e mesmo com os Parâmetros Curriculares Nacionais constatamos que o objetivo principal da educação é a cidadania. E não vamos atingir essa tão almejada cidadania neste país se as escolas continuarem a trabalhar os conteúdos tradicionais como o fim da educação. É preciso uma mudança de paradigma para entender que a educação tem a finalidade de promover a formação do cidadão.
Os conteúdos tradicionais continuam sendo os referenciais do sistema educacional. O objetivo da escola continua sendo trabalhar os conteúdos tradicionais (Matemática, História, Química, Física, Biologia, Línguas, etc.) e transversalmente, perpassando estes conteúdos, os temas mais vinculados ao cotidiano, que são: ética, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, temas locais, trabalho e consumo e saúde.
Enfatizo que, os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar, que se enriquece através da flexibilidade, uma vez que os temas podem ser contextualizados e trabalhados de acordo com as diferenças locais e regionais.
Muitas vezes nos sentimos impotentes frente a nossa realidade escolar, devido, entre outros fatores, à falta de uma proposta de trabalho. Não trazemos uma solução definitiva para este problema, mas acreditamos ter apresentado argumentos para uma reflexão sobre nossas próprias ações na escola e, quem sabe, inspirar outras.
Devemos refletir sobre os limites e possibilidades de uma proposta de intervenção em um contexto específico. Esta forma de intervenção tem-nos demonstrado a importância de termos uma proposição como referência, para que nossa prática pedagógica seja uma prática reflexiva potencializadora, sempre, de novas intervenções/avaliações/sistematizações, num movimento contínuo.
Podemos afirmar, a partir das reflexões em torno desta proposta, que precisamos do apoio imprescindível de uma comunidade argumentativa, que nos envie questionamentos capazes de fazer-nos repensar nossa própria prática pedagógica e, desta forma, contribuir para a legitimação da Educação Física no contexto escolar.

Acadêmicos: Vinícius Pugliero e Rodrigo Leonel.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Meio Ambiente

http://www.efdeportes.com/efd100/ma.htm

Temas e possibilidades de trabalho em aulas de Educação Física

Meio ambiente, temperatura e aulas de Educação Física

A análise da incidência de sol e chuva em quadras externas e as soluções para a diminuição das interferências negativas dos fatores climáticos nas aulas poderiam configurar-se em um projeto de trabalho. Alguns encaminhamentos seriam, no caso da incidência de sol, os plantios de árvores que deve levar em consideração o tempo de crescimento, o posicionamento, o tipo de árvore e de copa, as correções no solo para melhor germinação, o espaçamento entre as árvores como também a construção de uma cobertura artificial.
Poderia ser avaliado o material a ser utilizado, o impacto ambiental gerado para a construção da cobertura, produção da matéria-prima a ser utilizada, a disponibilidade de recursos financeiros, a forma de captação... A partir da problematização de um fato relacionado à aula de educação física, estaríamos mobilizando uma série de conhecimentos (conceituais, procedimentais e atitudinais) que poderiam ser extremamente úteis ao cotidiano dos alunos, sobretudo pelo fato de estimular a vivência social cidadã.

Educação Física, Lazer e Meio Ambiente

Outro grande tópico apresentado pelo tema transversal meio ambiente propõe-se analisar as diversas maneiras de relacionamento entre a sociedade e o meio ambiente. Uma interface promissora dentro dessa temática relaciona-se às reflexões sobre a extinção ou privatização dos espaços públicos destinados as atividades de lazer e recreação. Entender as razões históricas e estruturais responsáveis pela apropriação dos espaços públicos de lazer e buscar alternativas para assegurar condições mínimas de segurança e adequação bem como estratégias para a ampliação da oferta dos espaços por parte dos órgãos públicos caracterizam-se como uma ação pedagógica significativa.
A efetivação da cidadania pela Educação Física, passa pelas discussões envolvendo o lazer e a disponibilidade de espaços públicos para as práticas da cultura corporal de movimento. Essas são necessidades essenciais ao homem contemporâneo e, por isso, direitos do cidadão. Os alunos podem compreender que os esportes e as demais atividades corporais não devem ser apenas privilégio dos esportistas profissionais ou das pessoas em condições de pagar academias ou clubes. Dar valor a essas atividades e reivindicar acesso a centros esportivos e de lazer e programas de praticas corporais dirigidos à população em geral pode ser incentivado a partir dos conhecimentos adquiridos nas aulas de Educação Física.

Espaços disponíveis para as aulas de Educação Física

A problemática da inadequação do espaço físico para a prática de atividades corporais também pode ser identificada no interior das escolas, especialmente das públicas.
Um caminho possível é o envolvimento da comunidade local, visto que a escassez de espaços públicos para o lazer e para o esporte coloca-se como uma realidade com desdobramentos sociais que merecem ser analisados. Seria ingênuo acreditar que a simples construção de uma quadra ou equipamento lúdico/esportivo qualquer traria soluções para os problemas estruturais da sociedade. Cabe aos envolvidos com a escola refletir e procurar soluções para a diminuição ou, mesmo, extinção dessa problemática.
A depredação dos prédios escolares também tem sido motivo de grandes preocupações para todos. A recuperação dos espaços, muitas vezes, torna-se mais difícil do que a construção de novo equipamento. Refletir sobre essas questões, bem como desenvolver atitudes de preservação e conservação, configura-se como mais uma possibilidade que pode ser trabalhada nas aulas de Educação Física.

Saúde e Meio Ambiente

A interface entre a saúde e o meio ambiente abre significativas possibilidades pedagógicas em aulas de Educação Física e pode ser abordada como uma temática social. O entendimento de saúde deve estar vinculado a uma política pública, direcionada a toda a população e não a uma elite, a intervenção não esteja restrita a uma única ação (praticar atividade física), esquecendo os fatores sociais, econômicos, culturais, educacionais, etc.
A concepção de saúde deve envolver a complexidade das relações entre o indivíduo e o meio ambiente, considerando as desigualdades sociais, fruto da má distribuição de renda. Palma (2001) aponta:
"a pobreza, a saúde e a educação, assim, se inter-relacionam numa rede de interações, onde os baixos salários, a má educação, a dieta pobre, a habitação e as condições de higiene insalubres e o vestuário inadequado se influenciam mutuamente". (p.30).
Os PCNs da Educação Física pretendem assegurar a autonomia necessária para os alunos agirem criticamente sobre os programas de saúde pública como também em qualquer vivência relacionada à cultura corporal de movimento.

Esportes de aventura e o Meio Ambiente

Em oposição à vertente institucionalizada do esporte espetáculo em que preponderam as práticas mecanizadas, a eficácia do rendimento corporal e a produção de bens e serviços, os esportes de aventura buscam, segundo Costa (2000), resgatar os valores de beleza, auto-realização, liberdade, cooperação e solidariedade. É necessário, então, um olhar mais cuidadoso em relação à inserção dos esportes de aventura e as suas influências no cenário da cultura corporal de movimento.
O movimento esportivo institucional assume posição de destaque do ponto de vista social e exerce grande influência nas atividades escolares. Como um dos elementos que compõem a cultura corporal de movimento, o esporte coloca-se como objeto de estudo, tendo em vista as suas interfaces com o movimento ambientalista.
Da Costa (1997), ao analisar a Declaração do Rio de Janeiro como o resultado final da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, cita o princípio, da redução e eliminação de padrões de produção e consumo não-sustentáveis (p.23), no qual o desporto é colocado como um padrão, devido a sua crescente expansão, por vezes de forma não saudável à sociedade e freqüentemente, em desarmonia com a natureza.
De acordo com o autor, inúmeras discussões têm sido desencadeadas no meio desportivo, abrangendo as federações regionais, nacionais e, mesmo, o Comitê Olímpico Internacional, buscando encaminhamentos para a adequação à nova ordem, qual seja, a gestão de um desporto sustentável. Bento (1991, citado por Da Costa, 1997) constata que
"o cenário desportivo, impulsionado por uma primeira tendência de trazer o desporto do exterior para o interior, para o espaço fechado e coberto, é hoje marcado por uma segunda tendência, nomeadamente a de levar o desporto para o espaço aberto, para o ar livre, para o exterior, para a natureza" (p.61).
Tal tendência pode ser evidenciada pela crescente busca dos esportes de aventura, o que pode carregar valores que retratam uma nova dimensão do relacionamento homem-natureza.
A relação entre os esportes de aventura e os esportes tradicionais, pode conter grande potencial educacional. Costa (2000) constata que a opção por modalidades esportivas sob a ótica ambientalista tem como motivação a superação de obstáculos na busca do autoconhecimento, da auto-realização, da satisfação pessoal, nas quais são reintroduzidas as noções de jogo e de prazer, tais como a fantasia, o desejo, o sonho, o desafio e a vertigem.
O esporte de aventura, sobretudo aquele realizado junto à natureza, representa mais uma possibilidade de aproximação entre o indivíduo e o meio ambiente, devido à interação com os elementos naturais e as suas variações, como sol, vento, montanha, rios, vegetação densa ou desmatada, lua, chuva, tempestade, desencadeando atitudes de admiração, respeito e preservação. Seria ingênuo acreditar que o simples contato com a natureza fosse condição suficiente considerar o indivíduo como defensor do meio ambiente.
Tais temáticas são muito amplas e ultimamente vêm merecendo grande destaque, especialmente por parte da mídia, o que pode ser entendido como colaboração ou também como gerador de problemas. A pluralidade de idéias e de propostas práticas é fundamental para o debate educacional e para a consolidação da representatividade social da Educação Física.

Considerações finais

Aproximar três realidades, a Educação Física, o Meio Ambiente e a Escola, em constante processo de atualização e transformação, demanda cuidados e ousadia. São temáticas que isoladamente vêm merecendo um destaque significativo nos meios de comunicação de massa, o que também deve ser olhado com ressalvas.
Os temas relacionados à análise dos ciclos corporais e suas relações com os ciclos da natureza, as interferências climáticas, a disponibilidade e o estado de conservação dos espaços públicos e privados de esporte e lazer como também os espaços destinados às aulas de Educação Física, as relações que se constróem a partir da aproximação entre as temáticas da saúde e do meio ambiente, a análise crítica relacionada às propostas dos esportes de aventura como um estímulo à preservação do meio ambiente, configuram-se como propostas e encaminhamentos pedagógicos. Tais propostas bem como as sugestões de tratamento metodológico só se tornarão viáveis, se os profissionais apropriarem delas e as transformarem, tendo em vista a realidade onde se encontram.

Essas foram algumas maneira que encontramos onde os professores de educação física estão trabalhando o meio ambiente nas aulas de educação física nas escolas publicas e privadas.

Referências bibliográficas
· BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Apresentação dos Temas Transversais/ Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
· COSTA, V. L. de M. Esportes de aventura e risco na montanha: Um mergulho no imaginário. Barueri: Manole, 2000.
· DA COSTA, L. P. Environment and Sport: an international overview. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade do Porto, Porto, Portugal, 1997.
· PALMA, A. Educação Física, corpo e saúde: uma reflexão sobre outros modos de olhar. . Revista Brasileira de Ciências do Esporte. n.2 v.22 p.23-39, 2001.
· PIGEAUSSOU, C. The various forms of environmentalist thinking within the field of sports activities: Fron the utopic to the realistic. In: DA COSTA, L. P. Environment and Sport: an international overview. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade do Porto, Porto, Portugal, 1997a.
· Mutations du sport et de son environnement: Evolution ou revolution? D'une aproche pragmatique à une reflexion antropologique, perspectives francaises. In: DA COSTA, L. P. Environment and Sport: an international overview. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade do Porto, Porto, Portugal, 1997b.

Mariane Ferreira e Richard Hepp

domingo, 19 de abril de 2009

Avaliação do blog

Santa Maria, 19 de abril de 2009.

Estimados alunos,

Estou em processo de avaliação do
Blog Educação Física: Mídia e Temas Transversais e ratifico nosso encontro no dia 4 de maio, na sala 3022 do CEFD, às 15h, para fazer uma avaliação em conjunto. Porém, destaco alguns pontos que devem ser tratados no encontro:

a) Na minha avaliação, o Blog está muito carregado. Há textos muito extensos e pouca ou quase nenhuma avaliação/discussão dos responsáveis pelos temas específicos. O Blog não está atrativo; muito poluído.
b) Com rara exceção, não consigo encontrar respostas, fruto de discussões das duplas, para as questões norteadoras. Elas são o “ponta pé” inicial para as discussões dos temas transversais, conforme definimos em aula. Por isso, na avaliação em curso, há dois aspectos em consideração: a) resposta às questões norteadores; b) textos e links complementares.
c) Em todas as postagens devem ser mencionados o nome dos alunos responsáveis e todos os textos devem estar “vinculados” ao tema e a discussão. Não recomendo postar textos inteiros e longos (não serão lidos e poluem a página). Sugiro que vocês façam resumo de alguns que consideram importantes.
d) A avaliação das postagens e do envolvimento dos acadêmicos está sendo feita através de tabela, onde constam o tema transversal, a data da postagem e os conteúdos postados, bem como a qualidade/profundidade. A qualidade refere-se a exemplos que aparecem na mídia e as sugestões que vocês estão dando aos “possíveis “ leitores professores do nosso Blog, sobre como trabalhar os temas transversais. A objetividade é fundamental para atrair leitores ao Blog.
e) Em minha opinião, a página de abertura do Blog sempre deverá ser a mesma, aquela onde está a apresentação da proposta. Os Links (à direita) devem ser apenas os 6 Temas Transversais que estamos tratando. Podemos ter outros, mas amplos, por exemplo – Pós-Graduação; Notícias na Mídia (....) algo nesse sentido. O Blog tem que ser muito objetivo e claro.
f) A menos que eu esteja enganada, ainda não temos material dos temas Pluralidade Cultural (Resp; Marcel Ercolani Santos) e Trabalho, Consumo e Cidadania (Luana Annes Tessis). Acredito que estes alunos tenham desistido, pois a freqüência da disciplina está na data da postagem. Até agora já tivemos 6 aulas.
g) Não entendi a postagem do texto “O esporte e a lógica capitalista”. Como está descontextualizado e sem autores, peço que seja excluído do Blog;
h) Chama atenção que a enquete que consta no Blog foi respondida por apenas 5 pessoas, ou seja, nem os alunos matriculados na disciplina responderam.

i) Todos têm acessado o Blog, ou apenas encaminhado o material ao acadêmico Vinícius para a postagem? Vocês têm divulgado o Blog aos professores de Educação Física Escolar?

As primeiras considerações ao BLOG são estas. Aguardo, para amanha, a postagem do material referente a quarta questão norteadora e também comentários sobre minha avaliação inicial.

Grande abraço,

Profa. Marli Hatje Hammes

terça-feira, 14 de abril de 2009

Temas Locais

No desenvolvimento dos TEMAS LOCAIS, já trabalhamos com Violência (de maneira geral, na escola, no esporte e no que o cerca) e com o bullying (violência escolar). Então vamos abordar o conteúdo das lutas, como forma de potencializar a interação, criando um novo espaço e trazendo questões disciplinares, de autocontrole, respeito, caráter, autodefesa e prática esportiva.



AS LUTAS COMO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:


- Lutas: instrumento pedagógico ao alcance do professor
Ainda que o professor não possua uma formação ampla sobre o assunto, é possível trabalhar dentro da realidade de estrutura física da escolar, e da sua formação profissional.
- Escolha da luta
Os PCN’s não determinam qual modalidade de luta é a melhor ou a mais indicada para as aulas de educação física. Fica o professor responsável por decidir a escolha da modalidade de luta que será ensinada. E, se o professor, ao chegar neste ponto, não tenha compreendido o significado das lutas, enquanto componente da Educação Física Escolar, talvez não compreenda se será necessário escolher uma, duas ou três modalidades de luta. E quais deverão ser escolhidas: as mais conhecidas na cidade e na região? Ou somente as modalidades olímpicas?
- Além do treinamento técnico-competitivo
As lutas e artes marciais, ainda que popularmente difundidas como “esportes de luta”, podem, no contexto escolar, serem desenvolvidas com um caráter competitivo, ou não. Todas as práticas da cultura corporal de movimento, competitivos ou não, são positivas, pois são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimentos que solicitam a atenção do aluno na tentativa de executá-los de forma satisfatória e adequada. Elas incluem, simultaneamente, a possibilidade de repetição para manutenção e prazer funcional e a oportunidade de ter diferentes problemas a resolver. Além disso, pelo fato de constituírem momentos de interação social bastante significativos, as questões de sociabilidade constituem motivação suficiente para que o interesse pela atividade seja mantido.
- Elaboração do currículo escolar
Seria pretensão sugerir um modelo de currículo escolar para que fosse aplicado nas aulas de Educação Física. No entanto, é importante ressaltar que a unidade menor da dinâmica de ensino, a “aula”, sempre deveria preceder um planejamento curricular bem elaborado, de forma que não se desenvolvam “soltas”, com objetivos momentâneos, mas participando de um processo contínuo de construção do saber.
- Alternativas pedagógicas
O professor que desejar desenvolver algo mais que uma iniciação a uma modalidade de luta, terá de buscar nos outros ramos da própria Educação Física Escolar, conceitos e estruturas que ajudarão a construir uma aula com uma plástica diferente, mais atrativa.
Filmes nas aulas de lutas
A imagem é um dos mais importantes meios de comunicação e contribui para alteração nas formas de pensamento e de expressão das pessoas. Na matéria “Filme na aula de História: diversão ou hora de aprender”, publicada na revista “Escola on-line”, edição 182, de Maio de 2005, se afirma que “o cinema aproxima os alunos de situações, pessoas, cenários e sons do passado e do presente. Mas é preciso saber explorar esse importante recurso pedagógico para que a aula não seja simplesmente uma sessão pipoca e caia no vazio”.
O cinema pode ser usado pelo professor tanto para iniciar um assunto ainda não abordado, como para desenvolver o conteúdo. “Nenhuma imagem fala por si só. Para que ela seja realmente útil na aprendizagem, é essencial a intervenção do professor”.
- Relacionamento Social
Analisando a atividade somente nesse momento, certamente as lutas classificam-se como unicamente de interação com o adversário. No entanto, se considerarmos uma aula inteira de educação física e não somente o “momento da disputa”, as lutas, podem ser também atividades com relações dos alunos com o meio e relações motrizes entre si, ou cooperação.
As diferentes interações não devem ser consideradas somente no momento dos combates. O professor pode agregar também às outras fases do trabalho oportunidades para os alunos exercitarem a solidariedade e a tomada de decisão. É importante que se observe os seguintes comportamentos nos alunos:
Respeito ao próximo;
Humildade;
Sinceridade;
Auxílio aos iniciantes e paciência com os mais novos;
Atitudes com o relacionamento com os alunos mais tímidos;
Participar das atividades respeitando as regras;
Assumir os seus atos e não acusar os colegas, a não ser em casos de extrema importância;
Eficiência nos estudos.
- A avaliação
A divisão das técnicas ensinadas em partes distintas, facilita para organizar a mensuração e avaliação
- Interdisciplinaridade
As lutas podem ser consideradas atividades de grande potencial interdisciplinar, constituindo-se em instrumentos de pesquisa de conteúdos de diversas outras disciplinas.
Já são comuns sugestões para a Educação Física, de formas de trabalho interdisciplinar com outras disciplinas. Seguindo esse pensamento, algumas possibilidades também se aplicam às lutas.
Também podem ser trabalhados os temas transversais, como:
Ética:
podem ser levantadas discussões sobre temas como: vencer é mais importante que competir? O que significa competir honestamente?
Pluralidade cultural: conhecendo a origem e o histórico das lutas, o aluno realiza uma leitura da realidade de indivíduos em outros contextos, possibilitando uma reflexão sobre as diferenças sociais, culturais, etc.
- Do Pré-escolar à EJA
Toda a atividade física bem-direcionada deve ter seus objetivos determinados adequadamente para cada faixa etária, respeitando os limites que cada um traz na sua bagagem biológica. Mesmo na iniciação, o desenvolvimento psicomotor deve ser trabalhado visando principalmente à saúde, formando uma estrutura sólida, para que, posteriormente, a criança esteja preparada para a prática desportiva especializada e conseqüentemente para a competição.
- Motivação dos alunos: continuidade
As opções mais populares, consideradas por quem não pratica são: treinamento visando defesa pessoal; participação em uma prática de esportiva, visando à promoção da saúde ou ao lazer; e como “filosofia de vida”, mesmo não sabendo bem o que significa isso.
- Relação “prática de lutas” e “violência escolar”
Algumas artes marciais, como o Aikidô, apresentam uma proposta de combate dito “suave”, onde o praticante reduz a agressividade em detrimento do controle e da suavidade dos seus golpes. Também existem os códigos de conduta, com orientações reprimindo os comportamentos violentos e desnecessários.
Existe uma visão de que se o aluno aprender a lutar, irá agredir os professores e os pais, ou promover mais brigas com os colegas. Esse é um preconceito da prática de artes marciais na escola, pois muitos alunos possuem acesso a uma academia ou a um instrutor que lhe ensine, fora da escola, e isso não determina que sejam mais violentos que os outros que não possuem.
Na luta, para os alunos, o outro não é um inimigo; é só um adversário. E a relação não é de agressão, mas de interação. ‘Cria-se uma espécie de diálogo corporal’, os estudantes atacam, defendem-se, caem e, no final, voltam à condição de colegas, sem se sentir desrespeitados. Não é à toa que, na maioria das artes marciais, os embates começam e terminam com um cumprimento.
Mesmo assim, é importante conhecer a formação do profissional de luta, não importando o número de medalhas conquistadas, mas o modo como desenvolve suas aulas. O professor pode desviar a arte marcial do seu objetivo educativo, podendo estimular a agressividade ao invés de canalizá-la.


Complemento (para leitura)

Entrevista:
Situações Pedagógicas e Temas Transversais, interações na escola - projeto.

Projetar é sonhar, garante o educador Nilbo Nogueira. Afinal, tem coisa melhor que planejar e pôr em prática, na sala de aula, atividades de acordo com seus gostos e interesses? Mas não basta sonhar sozinho. Para ele, trabalhar com projetos deve ser uma criação coletiva da coordenação, dos professores e, principalmente, dos alunos.
Entrevista completa em:
http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0084.asp

Acadêmicos: Vinícius Pugliero e Rodrigo Leonel

domingo, 12 de abril de 2009

Meio Ambiente


Em que situações pedagógicas os Temas Transversais potencializam interações criando novos espaços de aprendizagem nas aulas de Educação Física Escolar?


Um espaço para brincar e aprender

O pátio pode ajudar na aprendizagem. Organizado, ele melhora a relação entre os estudantes e diminui a agressividade e a ocorrência de brigas

Luciana Zenti mailto:novaescola@atleitor.com.br


, de Feira de Santana (BA), Porto Alegre e São Paulo

Sala de aula é lugar de aprender. Pátio é lugar só de brincar, certo? Errado. Cada vez mais escolas estão percebendo que esse espaço tem um papel essencial na formação da criançada. Quando não é bem planejado, ele acaba rimando com algazarra e brigas. Mas transformá-lo num ambiente de aprendizagem, capaz de reduzir a agressividade e a indisciplina dentro da classe, é mais fácil do que parece. "O pátio ajuda a criar nos estudantes a sensação de que eles são donos do colégio", diz Paulo Zimbres, arquiteto e consultor do Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), órgão do Ministério da Educação dedicado a melhorar a infra-estrutura da rede pública de ensino. "Ele abre possibilidades na construção dos saberes e inova o processo de aprendizagem", acrescenta Beatriz Fedrizzi, paisagista formada em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com mestrado e doutorado feitos na Suécia.

Especialista nas relações pátio-estudo, ela coordenou, em parceria com a Fundação Gaia (organização não-governamental que trabalha pela preservação do meio ambiente), um projeto de remodelação da Escola Municipal Chapéu do Sol, em Porto Alegre. Quando as instalações foram abertas, em abril de 2000, o cenário era bem pouco animador. A prefeitura ergueu os prédios para atender à população carente que havia sido transferida de uma área de risco para aquela região, recém-urbanizada, na periferia da capital gaúcha. E, numa tentativa de ganhar tempo, as aulas começaram antes mesmo da conclusão das obras. Apesar de o terreno ser enorme (11359 metros quadrados) e ter uma pequena mata nativa num dos cantos (veja o infográfico), não havia árvores nos arredores das salas de aula, que se transformavam em verdadeiros fornos no verão.

Além disso, faltavam brinquedos para as 650 crianças. O recreio, que no início tinha dois horários diferentes por falta de espaço, era sinônimo de brigas e confusões. Só em agosto do ano passado ficaram prontas as duas quadras de esportes e o campo de futebol, todos descobertos. Foi quando Beatriz e a Fundação Gaia entraram em cena. Com a participação efetiva da comunidade, a escola rapidamente mudou da água para o vinho. "Pesquisas mostram que o ambiente influi na auto-estima das crianças", diz a consultora. "Em lugares alegres e bem cuidados, elas se sentem amadas e têm mais disposição para aprender."

Saiba agora como ocorreu a transformação na Chapéu do Sol. Quase tudo foi feito com material doado e o trabalho voluntário de pais e vizinhos, além dos próprios alunos, professores e funcionários. Do caixa da escola não saiu um centavo sequer. O "milagre" pode ser resumido em seis grandes passos.

Conscientização

Sempre há alguém disposto a começar o trabalho. Em Porto Alegre, foi Rosane Salete Ribeiro Pereira, coordenadora cultural e atual vice-diretora. Ela contou com a ajuda das colegas Cláudia Ludcke e Dulce Cornelet dos Santos. Juntas, elas criaram as condições necessárias para envolver a comunidade escolar no processo.

Discussão

Todos devem expor suas idéias. Os gaúchos partiram da seguinte pergunta: "Como eu gostaria que fosse a escola?" É importante não deixar ninguém de fora. "Pais, alunos, funcionários e professores apropriam-se do projeto e têm afeto pelo que foi feito", ensina Beatriz. Algumas técnicas podem ser usadas para estimular o grupo a pensar. Uma delas é a visualização criativa. De olhos fechados, cada um se imagina sobrevoando o ambiente. Onde as crianças vão brincar? Há espaços vazios? O que devemos manter e o que precisa ser jogado fora? Como estará o lugar daqui a cinco anos? Em tiras de papel, escrevem-se algumas idéias iniciais.


Radiografia

Com uma planta bem simples, os estudantes da Chapéu de Sol dividiram a escola em quadrantes e avaliaram o tipo de solo e o relevo do terreno. Em classe, fizeram uma grande tabela com tudo o que viram em cada setor pesquisado. Assim, todos passam a conhecer o local (no caso, uma área enorme) nos mínimos detalhes.

Projeto

O passo seguinte é a planta baixa. Pode-se desenhar numa cartolina ou no chão, com giz. Peça que o grupo faça uma maquete dos prédios usando material reciclável sobre o molde original. Destaque algumas informações climáticas, como de que lado nasce o sol e onde venta mais, por exemplo. Em seguida, parta para a lista de necessidades. Como efetuar cada modificação? É importante montar uma planta final, mesmo que artesanal. O desenho ajuda a lembrar o que falta fazer.

Execução

Comece as mexidas com o material disponível. Na Chapéu de Sol, professores e alunos foram atrás de pneus velhos em borracharias e de mudas de árvores na Secretaria do Meio Ambiente. Num dia pré-determinado, foram plantadas as árvores e as flores, e feitos os canteiros da horta, a sementeira, a espiral de ervas e a composteira. O piso, de cimento, ganhou pintura colorida e, na área de jogos, foi construído um tanque de areia cercado pelos pneus. Os familiares entraram com ferramentas e carrinhos de mão. Atenção: não queira resolver tudo em poucos dias. O projeto da escola porto-alegrense ainda não está concluído. A cada semana, tem uma novidade aqui, outra ali.

Manutenção

A tarefa agora é manter tudo em ordem. Se alguma coisa quebrou, é essencial consertar o mais rapidamente possível. As crianças tenderão a conservar melhor um pátio organizado.

Na maior parte dos casos, a revitalização do pátio começa pela conscientização ambiental, na forma de uma horta. A Escola Estadual Aymar Baptista, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, fez uma parceria com o Centro Universitário Barão de Mauá, que levou um técnico agrícola para passar as primeiras orientações. O lugar era um lixão e a violência rolava solta no colégio. No início, a diretora Vera Lúcia Bernardo convidou a participar os alunos que tinham problemas de relacionamento, mas não demorou para o grupo aumentar. Todas as quartas e sábados, voluntários começaram a se reunir para aprender a cultivar legumes e verduras. Rapidamente, a turma promoveu a limpeza e análise do terreno, a montagem dos canteiros, a adubação.

Hoje as crianças plantam cenoura, alface, rúcula e almeirão e usam a produção para enriquecer a merenda. A idéia deu tão certo que a Aymar Baptista resolveu ampliar a parceria. Coordenados pelo professor Mauricio Estellita, universitários voluntários da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Barão de Mauá já estão tocando novas modificações, que incluem a criação áreas arborizadas e outras destinadas a brincadeiras.

Conteúdo relacionado

Exclusivo on-line

Mais uma prova de que o lazer e o lúdico não devem ser barrados no portão. Em Feira de Santana, interior da Bahia, pequenas atitudes mudaram não apenas o pátio, mas principalmente o comportamento dos alunos. A engenheira civil Eufrosina de Azevêdo Cerqueira comandou as reformas na Escola Municipal Marília Queiroz Silva, localizada perto do aterro sanitário municipal. O muro foi pintado de branco e do lixão vieram alguns objetos, como troncos de árvores e pneus velhos, reciclados na forma de bancos e brinquedos.

A inauguração do pátio foi um dia inteiro de festa. Em grupos, professores e alunos plantaram mudas de árvores, enquanto artistas locais ajudavam as crianças a fazer os desenhos que ilustram as paredes. No refeitório, a turma fez um colorido mural. Em pouco tempo, o cinza dos prédios deu lugar a muitas cores e o pátio tornou-se, de fato, um espaço para brincar e aprender.

Sala de aula ao ar livre

Confira alguns exemplos de como cada disciplina pode usar o pátio

Educação Física: Jogos, ginástica e esportes promovem a saúde e o desenvolvimento das habilidades motoras.

Língua Portuguesa: Histórias podem ser lidas debaixo de árvores ou em um "canto de leitura". Ao ar livre fica mais fácil promover debates e encontrar inspiração para escrever.

Matemática: Na horta, que tal anotar o número de sementes plantadas e conferir quantas de fato germinaram para ensinar porcentagem? O chão pode ser usado para desenhar figuras geométricas e os muros e cercas, para estudar área e medidas.

Ciências Naturais: É possível falar sobre o globo terrestre, o clima, as ciências físicas e biológicas. Um relógio de sol ensina o conceito de tempo e as estações do ano.

Geografia: A confecção de mapas e plantas baixas e a observação do sol ajudam os alunos a ter noções de espaço.

História: Uma maneira de estudar a disciplina é questionar a turma sobre o que pode ter acontecido na área no passado. Aproveite também para organizar apresentações e eventos.

Artes: Folhas, galhos de árvores e terra podem ser facilmente usados como material artístico. Incentive a criação de desenhos em superfícies lisas usando giz ou tinta.

Língua Estrangeira: Explore o vocabulário do pátio caminhando ao ar livre. Basta treinar conversação e ensinar os nomes dos objetos, seja em inglês, francês, espanhol, alemão...

Quer saber mais?

Escola Estadual Professor Doutor Aymar Baptista Prado, R. Min. Victor Nunes Leal, 200, CEP 14051-370, Ribeirão Preto, SP, tel. (16) 633-4911


Escola Municipal Chapéu do Sol, Estr. Juca Baptista, s/nº, CEP 91755-000, Porto Alegre, RS, tel. (51) 3245-6401

Escola Municipal Marília Queiroz Silva, Rua Tefé s/nº, CEP 44017-630, Feira de Santana, BA, tel. (75) 223-6192


BIBLIOGRAFIA
Paisagismo no Pátio Escolar
, Beatriz Fedrizzi, Ed. da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 60 págs., tel. (51) 3224-8821, 22 reais

http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/espaco-brincar-aprender-426897.shtml

Com essa reportagem da Revista Nova Escola, podemos observar que os professores, alunos e pais podem construir uma melhor qualidade de vida, não poluindo o meio ambiente com os agrotóxicos e outros tipos de venenos. Nas aulas de Educação Física é uma atividade feita ao ar livre onde os professores podem ensinar os alunos a terem uma boa alimentação.


Mariane Ferreira e Richard Hepp


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Trabalho e Consumo

Como a Educação Física aborda os Temas Transversais?
Em geral, não é complicado abordar os Temas Transversais em Educação Física. Alguns deles acabam surgindo naturalmente. Por exemplo: em Trabalho e Consumo, o professor pode abrir a discussão sobre até que ponto os produtos esportivos, dos tênis às vitaminas, são imprescindíveis para a prática esportiva.
Existe um modelo de tênis que ajuda a evitar contusões?
Uma raquete de tênis sofisticada é necessária para começar a jogar ou uma raquete improvisada serve para esse fim?
O professor pode levar os alunos a refletir sobre a escassez de espaços públicos para a prática de esportes na cidade. Por que predominam os clubes e as associações particulares?
A inclusão de deficientes físicos na prática esportiva pode servir de base para um debate sobre Ética e Pluralidade Cultural.
Ao abordar Meio Ambiente, a Educação Física deve se preocupar em questionar a prática dos chamados esportes radicais de que os adolescentes tanto gostam, avaliando o impacto de certas práticas sobre o ambiente. A questão da Orientação Sexual em Educação Física parte do conhecimento do sexo oposto. É um trabalho de aproximação entre os sexos, que dá acesso à cultura corporal do outro. O adolescente deve ser levado a entender que o corpo feminino e o masculino se movimentam e se comportam de maneiras diferentes. Em uma partida de basquete masculino, por exemplo, o que mais conta é a potência; no feminino, é a habilidade.

Acadêmico: Luana Tessis e Jaderson

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pós-Graduação em Mídias na Educação

O Ministério da Educação, através da UFSM, publica o Edital Nº 031, de 01 de abril de 2009, para:
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – modalidade a distância

A Diretora Substituta do Departamento de Registro e Controle Acadêmico e o Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa tornam pública a realização do Curso de Pós-Graduação em Mídias na Educação – modalidade a distância, em nível de Especialização, conforme descrito a seguir:
PERÍODO DE INSCRIÇÃO: 06 de abril a 08 de maio de 2009.
Número de Vagas: 250;
Clientela: professores da rede pública de ensino (estadual e municipal), diplomados em curso de graduação e no exercício do magistério.
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Para maiores informações a integra do edital encontra-se no link abaixo:
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O link para acesso à ficha de inscrição é:
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Professor, esta é uma grande oportunidade de qualificação e atualização.
Fique atento!

Temas Locais: Bullying


O Bullying

O bullying (expressão da língua inglesa) tem conotação de violência moral. Consiste na prática da ridicularização dos colegas, através de apelidos, humilhações, taxações, ameaças, intimidação, roubo e agressão física e moral. Este terrível ato se dá principalmente em salas de aula.
Nas aulas de Educação Física, acontecem diante das peculiaridades físicas de cada um, e da falta de habilidades. As conseqüências são várias, ocasionando principalmente a exclusão das vítimas. Em casos mais extremos, o bullying pode adquirir dimensões trágicas (como por exemplo, o suicídio).
Para um ambiente saudável na escola, é fundamental a inibição do bullying. Tal inibição se da através de: conversas em sala de aula; esclarecimento sobre o que é bullying; não tolerar a sua prática; criar regras de disciplina para uma conduta escolar mais amigável; identificar e interferir nos grupos para uma quebra na dinâmica do bullying, e assim sucessivamente.
Sabendo que a prática do bullying contribui para o mal rendimento escolar, e que pode criar marcas na vida do aluno/vítima, devemos inibir esta prática dentro de nossas salas de aula, de forma que não sejamos tolerantes com este comportamento absurdo, e para a criação social humana destes jovens.
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A partir da leitura do texto “Como lidar com ‘brincadeiras’ que machucam a alma” – de Meire Cavalcante da Revista Nova Escola – Dez/2004, surgiu um debate, com questões a serem respondidas como:
- De que forma essas “brincadeiras” acontecem nas aulas de Educação Física?
Acontecem durante a recreação, prática de atividades físicas e esportes. Geralmente o bullying nas aulas de Educação Física, esta ligado a falta de habilidades e ou aptidão física, obesidade e estatura. Ocasionam a exclusão de alunos/vítimas da disciplina.
- Como lidar com essas situações nas aulas?
Conversando com os alunos, com o intuito de acabar com esta terrível prática; identificar os autores, e explicar-lhes o que é o bullying e as suas conseqüências; e estimular a denuncia dos casos que infelizmente acontecem.
- Como você agiria se esse comportamento se tornasse freqüente em suas aulas?
A partir de uma conversa clara com todos os alunos, procurar a extinção destes acontecimentos. Diante da persistência dos fatos, retirar os autores de sala de aula e requisitar que elaborassem um trabalho sobre o assunto (bullying). Deixar estes alunos assistindo as aulas, enquanto os outros se divertem, até que se crie uma consciência e conseqüentemente a extinção do bullying. E então reintegrar os alunos ao resto do grupo.
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Este tópico está relacionado à questão norteadora número 2 (Como abordar, na prática, os temas transversais na Educação Física Escolar?), publicado anteriormente, e é um complemento ao texto sobre Violência que está incluído nos Temas Locais.
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Para mais informações:
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Acadêmicos: Vinícius Pugliero e Rodrigo Leonel

Ética e Educação Física Escolar: Relações a partir das Mídias


O problema ético está sendo encarado como um modismo, em uma época na qual enfrenta-se uma crise das nossas certezas e esperanças. Ao cair as utopias abre-se um mundo de possibilidades, e a procura por verdades torna-se uma constante.
Uma Educação Física que esteja compromissada com um projeto de transformação da sociedade deve buscar dentre os problemas relacionados à prática pedagógica da Educação Física dois importantes temas: as mídias e a ética. As mídias, porque os meios de comunicação (televisão, jornais, internet etc.), estão cada vez mais presentes no cotidiano, alimentam nosso imaginário e influenciam nossa interpretação do mundo. A televisão, em especial, tematiza e amplia maneiras de se vivenciar o cotidiano, e exerce influência crescente e decisiva na cultura corporal de movimento, no âmbito da qual informa, dita formas, constrói novos significados e modalidades de entretenimento e consumo, com destaque para o caso do esporte. A ética, porque possibilita a reflexão sobre os problemas práticos-morais que freqüentemente surgem nas aulas de Educação Física, e que oferecem momentos preciosos para auxiliar o processo de construção de valores por parte dos alunos.
Este estudo procurou interpretar, à luz das teorias éticas, um produto da mídia televisiva - um desenho animado que, tendo uma competição esportiva como tema, envolve questões morais. Buscou-se contribuir, a partir da Filosofia moral, para a fundamentação teórica necessária à problematização de questões prático-morais nas aulas de Educação Física. A reflexão sobre valores e atitudes são pontos fundamentais para se pensar em qual sociedade estamos vivendo, e em qual queremos viver.
A Educação Física, quando tematiza aspectos da cultura corporal de movimento, endereça seu olhar para valores referentes às vivências corporais que proporciona aos alunos, e deve buscar explicitá-los e problematizá-los, para que possam ser criticados e apropriados pelos mesmos, transformando-se em referências nas suas ações. O tema da ética não pode ser apenas um modismo, precisa estar presente na escola como um exercício de cidadania, para o que se deve fazer um esforço de superação das dicotomias presentes na tradição da filosofia moral, a fim de possibilitar ao aluno momentos imprescindíveis para entender sua condição de “ser-no-mundo”. São apresentadas e discutidas neste estudo algumas resoluções propostas pela filosofia moral aos problemas prático-morais percebidos na narrativa do desenho animado. Conclui-se que o professor de Educação Física deve buscar apoio na filosofia moral, e direcionar a prática pedagógica para um entendimento dos valores relativos à cultura corporal de movimento presentes nas mídias, e propor um debate ético que consiga superar o senso comum.
O artigo completo você encontra na página:
Acadêmicos: Luciano Antonelli Becker e Luiz Fernando Zanoello