sexta-feira, 26 de junho de 2009

ATENÇÃO

Santa Maria, 26 de junho de 2009.

Estimados alunos,

Para concluir a disciplina, cada grupo deverá fazer uma avaliação de todas as postagens (inclusive dos colegas), destacando pontos positivos e pontos negativos, sugerindo aspectos que poderiam ter sido abordados.
Ao final, cada um, de forma individual deverá fazer uma auto-avaliação, atribuindo uma nota de 0 a 5. Esta nota será somada a nota dada pela ´professora, também de 0 a 5.
Peço que as avaliações sejam encaminhadas ao acadêmico Vinícius para que ele poste os textos no mesmo link.
O último prazo para esta avaliação é 06 de julho, quando teremos um encontro presencial na sala 1038, para as considerações finais e o encerramento da disciplina.

Profa. Marli Hatje Hammes

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Avaliação final do blog

Alunos...
Já fiz uma avaliação inicial da segunda fase do Blog. Postei alguns comentários, que achei pertinentes. Outros deverão ser feitos no decorrer das próximas duas semana.
Agora, para finalizar, peço que cada um de vocês poste uma avaliação da disciplina e, especialmente, da metodologia utilizada, no caso o Blog.
Nosso encontro presencial, na segunda-feira, dia 22, deverá ser transferido para outra data, pois os professores do CEFD terão reunião para tratar da reforma curricular, à tarde.
Gostaria que vcs agendassem uma nova data. Pode ser qualquer dia da semana e poderá ser em outro local, conforme já combinamos em aula.
Grande abraço em todos e obrigada por contribuirem com uma nova metodologia de trabalho, utilizando as tecnologias de informação e comunicação, ou simplesmente, a mídia.
Profa. Marli Hatje Hammes

domingo, 21 de junho de 2009

LINKS SOBRE O TEMA TRANSVERSAL ÉTICA

Parâmetros Curriculares Nacionais – Apresentação do Tema Transversal: Ética.
Texto do Ministério da Educação em que são apontadas metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres.
http://www.fefisa.com.br/pdf/pcn/1a4_vol08.1_temas_transversais_apresentacao.pdf

Ética na Escola: (Re) Acendendo uma Polêmica.
Este artigo é discutido o papel cumprido pela escola na formação ética/moral do cidadão. Além disso, relaciona aos fundamentos da ética e da moral como disciplinas práticas.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302001000300012&script=sci_arttext&tlng=ptpt

Valores na escola.
Neste texto pretende-se discorrer sobre valores morais na escola e suas implicações para a formação de professores. São discutidos o que são valores morais, ou éticos, e como a escola pode situar-se em relação a eles.
http://www.scielo.br/pdf/ep/v28n1/11657.pdf

Avaliação da aprendizagem de ética em curso de formação.
Pesquisa que trata de um problema educacional freqüentemente observado nas escolas. Sobre as dificuldades encontradas pelos professores no que se refere ao ensino da Ética para alunos de todos os níveis escolares. Não é fácil estabelecer conceitos de moral nem trabalhar a compreensão destes, por isso se observa a necessidade de uma prática pedagógica adequada.
http://www.portalensinando.com.br/ensinando/principal/conteudo.asp?id=6386

Acadêmicos: Luciano Antonelli e Luiz Fernando Zanoello.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Saúde & Educação Sexual


Projeto Orientação Sexual nas Escolas


A sexualidade humana compreende aspectos diversificados e complexos, uma vez que norteia nossa relação com o nosso corpo, afetos, relacionamentos, mitos, reprodução e DSTs. A formação da identidade sexual se dá em níveis biológicos, psicológicos (tomada de consciência) e nível social (aprendizagem dos papéis sexuais).

Falar de sexualidade significa também falar de repressão, poder, preconceito, interdição do corpo, desejo, paixão, prazer, vida, morte, controle, gênero, pecado, opção sexual, construção de papéis sexuais, doenças sexualmente transmissíveis; enfim, de todas as representações sociais que giram em torno dela na sociedade. Estas questões não estão fora do espaço escolar.

Há várias hipóteses para tentar compreender o porquê dos tabus. Uma delas é que apesar de todo o estímulo e informação disponíveis à criança, muitas famílias ainda sentem constrangidas ao falar sobre sexo e sexualidade com seus filhos e filhas, por associarem esse tema à idéia de pecado. Outros temem que, ao falar de sexo, estarão estimulando precocemente a criança, aguçando sua curiosidade e permitindo que tal conhecimento possa levá-las à prática.

Na tentativa de preservarem a “inocência” infantil, os adultos recorrem as explicações mágicas, colocando ainda fantasia no pensamento da criança. Segundo Britzman (1998), no entanto, é preciso considerar que ela elabora suas próprias teorias a respeito de sexo e sexualidade sem autorização dos adultos apesar dos empecilhos colocados pela cultura.

Assim, segundo Foucauld (1997, p.97): “não se deve conceber a sexualidade como uma espécie de dado da natureza que o poder é tentado a pôr em xeque, ou como um domínio obscuro que o saber tentaria, pouco a pouco, desvelar. A sexualidade é o nome que se pode dar a um dispositivo histórico: não a uma realidade subterrânea que se apreende com dificuldade, mas à grande rede da superfície em que a estimulação dos corpos, a intensificação dos prazeres, a incitação ao discurso, à formação do conhecimento, o reforço dos controles e das resistências, encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias de saber e de poder”.

Realizar um trabalho de orientação sexual em uma escola possibilita aos alunos informações e reflexões a cerca de todos os aspectos que envolvem a sexualidade. A informação pode ser a mesma para todos, mas a reflexão é individual, levando cada pessoa a formar posturas personalizadas. Penso ser o termo “orientação” mais adequado, do que anteriormente se intitulava “educação sexual”, uma vez que este trabalho não se propõe a educar, mas direcionar a análise e compreensão dos alunos a cerca de todos os aspectos referentes a sexualidade. A educação virá da família, seja ela repressora, liberal ou ausente.

Deste modo, a escola hoje, não tem função apenas de ensinar, mas de formar cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, tornando-se capazes de enxergar a realidade e discernir sobre como agir. Na realidade, a construção da sexualidade é um processo extremamente complexo, concomitantemente individual social, psíquico e cultural, que possui historicidade, envolve práticas, atitudes e simbolizações. Faz-se necessário não só trabalhar com crianças e adolescentes os processos cognitivos, mas todos os aspectos relacionados com a afetividade, com a formação da cidadania, com a ética, com a sexualidade. Deste modo, este projeto propôs ser mais um instrumento de discussão e esclarecimentos de dúvidas a cerca da sexualidade humana. O projeto foi executado na Fase II e IV do ensino Fundamental da Escola Municipal Erinea Inácia Maria de Carvalho Silva, na cidade de Itutinga – MG, respeitando as faixas etárias e grau de compreensão dos alunos. Para isto utilizaram-se recursos de apresentação em PowerPoint, facilitando a visualização das figuras, elaboração de desenhos que resumissem a compreensão dos temas abordados, caixa de perguntas para os alunos exporem suas dúvidas, cartazes resumindo o conhecimento à cerca do projeto que participaram; fotos com a exposição de todos os desenhos, cartazes, materiais didáticos utilizados junto aos alunos e professoras. Especificamente os objetivos foram: informar o projeto aos alunos; apresentar e adequar o projeto (caso necessário) dividido em cinco tópicos: visão geral da sexualidade, anatomia sexual masculina e feminina, reprodução, parto, métodos anticoncepcionais e DSTs através de apresentação em PowerPoint; solicitar aos alunos, após cada tópico, a realização de desenhos a cerca do que compreendeu;- esclarecer dúvidas feitas oralmente ou escritas (através da caixa de dúvidas); realizar ao final do projeto uma exposição dos desenhos referentes a cada tema discutido e um cartaz confeccionado coletivamente resumindo o entendimento do projeto.

O projeto teve um total de oito encontros (um por semana), com duração de uma hora cada. Foram utilizados recursos materiais como: sala de cinema da escola, CD-ROM para apresentação em PowerPoint, folhas de papel sulfite para os desenhos e também para a elaboração das perguntas, lápis (preto, de cor), borracha, cartolinas, revistas usadas, cola e fita crepe, máquina fotográfica, revistas e livros sobre os temas, painéis, caixa de perguntas, material didático (métodos contraceptivos). Ao final desse projeto percebeu-se a importância da execução deste trabalho, uma vez que os alunos denotaram pouco ou nenhum conhecimento sobre a sexualidade, constatado não só pelas perguntadas formuladas (oral e escrita), mas pelas expressões de espanto e assombro de diversos temas discutidos e expostos. Como exemplo, cita-se o desconhecimento e/ou conhecimento ínfimo sobre os órgãos sexuais e reprodutores masculino e feminino (anatomia, função, características).

Outro aspecto muito relevante, averiguado durante este trabalho, foi o pouco conhecimento das docentes a respeito dos temas, relatando a importância deste trabalho com os seus alunos, uma vez que se sentiam inibidas, constrangidas e pouco capacitadas para abordá-lo em sala de aula. Entretanto percebe-se que as pessoas, de um modo geral, independente de serem educadores ou não, são ensinados, desde o nascimento, ao completo desconhecimento da sexualidade humana, quer seja ela vista na infância, na adolescência, na fase adulta ou na terceira idade.

Para Souza (1999, p. 25), é uma questão de bom senso que a escola deva se preparar para tratar de forma adequada às questões relacionadas com a sexualidade dos alunos, pois, apesar da grande onda de liberação sexual nas últimas décadas, com o tratamento público de questões anteriormente escondidas pela sociedade, ainda há muitas polêmicas sobre a necessidade, com a sexualidade de criança e adolescente no ambiente escolar.

Deste modo, a autora constatou a importância deste projeto e a necessidade de dar continuidade a ele, uma vez que a temática não se encerra, mas é algo a ser constantemente analisado, discutido e exposto. Cabe assim, a escola, estar aberta a profissionais capacitados, a fim de contribuir na construção desse tema.



Referenciais:

- BELFORT, Paulo; BRAGA. Antonio. Sexualidade, Desafios, Perspectivas e Limitações. Jornal Brasileiro de Medicina. n.º 2. vol. 80. 2001.
-BRITZMAN, Deborah P. O que é esta coisa chamada amor? Identidade homossexual, orientação e currículo. Orientação & Realidade, Porto Alegre, n. 21(1), p.71-96, jan. /jun.
- FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade 1: a vontade de saber. 12. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1997.
- SOUZA, Hamilton de. Questão de Bom Senso. Revista Educação (SIEE ESP). 1999, p. 25.
- VITIELLO, Nelson. Um breve histórico do estudo da sexualidade Humana. Revista Brasileira de Medicina. vol. 55.1998.

Links relacionados:






Acadêmico:
Jessié Martins Gutierres

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sociedade civil está de olho na educação brasileira:

Relatório divulgado por especialistas não vinculados ao poder público mostrou que a educação no País avançou, entre 2005 e 2007, mas não na velocidade esperada
Por José Alves
Mozart Neves Ramos durante a apresentação dos resultados do relatório "De Olho nas Metas"
O movimento Todos pela Educação apresentou no último dia 11/12, em São Paulo, o relatório "De Olho nas Metas", o primeiro de uma série que acompanhará a evolução da educação em todo o País a partir de 5 metas estabelecidas pelo movimento e que devem ser alcançadas até 2022, ano do bicentenário da independência. São elas: Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; Toda criança plenamente alfabetizada até os oito anos; Todo aluno com aprendizado adequado à sua série; Todo jovem com Ensino Médio concluído até os 19 anos; Investimento em Educação ampliado e bem gerido. O "De Olho nas Metas" tomou como base os dados que fotografam o período entre os anos de 2005 e 2007. Para o Prof. Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos pela Educação, a importância deste relatório de avaliação está no fato de ser o primeiro elaborado exclusivamente pela sociedade civil. "Resultados de relatórios apresentados pelo poder público podem ser alterados de governo para governo, já que há uma tendência em enfatizar números positivos e dar pouca importância aos negativos. Além disso, nossas metas são mais ambiciosas. Esse relatório, por pertencer à sociedade civil, defende a educação de forma clara, evidente e não tem compromisso com nenhuma corrente política", diz Ramos. Conheça as principais considerações do relatório, meta a meta:Meta 1: Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escolaNos últimos dois anos, aumentou o número de crianças e jovens de 4 a 17 anos na escola, mas o aumento não foi suficiente para o Brasil atingir a meta de 91% estipulada pelo movimento. Em 2005, a taxa de atendimento foi de 88,8% e o valor alcançado em 2007 foi de 90,4%. A maior deficiência está na faixa etária de 15 a 17 anos na qual, em 2007, apenas 79,1% dos jovens estavam na escola. Entre as crianças de 4 a 6 anos, 81,5% estavam na escola no período. Meta 2 - Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anosO movimento propõe que até 2010, 80% ou mais, e até 2022, 100% das crianças apresentem as habilidades básicas de leitura e escrita até o final da 2ª série (3º ano do Ensino Fundamental). Embora haja importantes informações estatísticas sobre a alfabetização nessa faixa etária, ainda não há um instrumento adequado para acompanhar a aprendizagem dessas crianças, pois os alunos não são avaliados por meio de testes nacionais, padronizados, sistematicamente coletados e divulgados. Para Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos Pela Educação, "a Provinha Brasil, desenvolvida pelo Ministério da Educação, é um instrumento absolutamente necessário para medir se a qualidade está sendo cumprida na escola pública". O presidente-executivo defende a obrigatoriedade da aplicação e da divulgação dos resultados da avaliação.Meta 3 - Todo aluno com aprendizado adequado à sua sérieA Meta 3 é a que mais sintetiza o conceito da qualidade da Educação, pois avalia se o aluno efetivamente está aprendendo. O movimento tomou como base as disciplinas Matemática e Língua Portuguesa. Entre 2005 e 2007, o número de alunos do Ensino Fundamental com conhecimento adequado à sua série aumentou. Apesar da melhora, os resultados obtidos foram suficientes apenas para alcançar as metas estabelecidas para a 4ª e a 8ª séries do Ensino Fundamental em Matemática. Em Língua Portuguesa, o avanço nas duas séries ficou aquém do esperado pelo Todos Pela Educação. No 3º ano do Ensino Médio, o percentual de alunos com habilidades compatíveis com a sua série vem decrescendo. Em 2003, esse valor era de 12,8%, em 2005 era 10,9% e em 2007 caiu ainda mais, chegando a 9,8%, quando a meta era atingir no mínimo 11,6%.Meta 4 - Todo jovem com o Ensino Médio concluído até os 19 anosO Brasil alcançou as metas de conclusão estipuladas pelo movimento para 2007. De acordo com o relatório, 60,5% dos jovens de 16 anos concluíram o Ensino Fundamental e 44,9% dos jovens de 19 anos, o Ensino Médio. Os valores observados superam as metas propostas para 2007, que eram de 58,9% e 42,1%, respectivamente. Apesar dos resultados positivos, os números revelam que ainda é grande o desafio de corrigir o fluxo escolar no País. O fato de mais da metade dos jovens não concluírem o Ensino Médio na idade correta e quase 40% o Fundamental, revela que o Brasil está longe de garantir um bom fluxo escolar para seus alunos.Meta 5 - Investimento em Educação ampliado e bem geridoDados do Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais apontam que o investimento direto em Educação como um todo passou de 3,9% do PIB - Produto Interno Bruto, em 2005, para o patamar de 4,4% em 2006, chegando ao maior percentual dos últimos seis anos. Na Educação Básica, o investimento passou de 3,2%, em 2005, para 3,7%, em 2006. A ampliação dos recursos vem ocorrendo lentamente e, apesar do aumento, esses percentuais e a forma como são geridos ainda estão longe do ideal, vistos os desafios educacionais do País. O movimento defende que o investimento em Educação seja ampliado e bem gerido, e estipula que a Educação Básica receba, no mínimo, 5% do PIB até 2010.Desafios para uma educação de qualidadeDiante dos resultados apresentados para as 5 metas, o que mais chamou a atenção de Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos pela Educação, foi o esforço dos Estados situados nas regiões Norte e Nordeste do País, que conseguiram atingir suas metas. "Isso é um importante estímulo, mas deve-se levar em consideração que as metas para essas regiões ainda são pouco ambiciosas se comparadas às estabelecidas, por exemplo, para o Distrito Federal, que apresenta os melhores índices do Brasil". Essas conquistas são importantes, mas não há lugar para descansar, é preciso trabalhar mais e mostrar melhores resultados daqui em diante.O presidente-executivo considera que investimento em educação e a gestão escolar feita por pessoas qualificadas são necessidades que caminham juntas. O valor per capita de R$ 1.700 reais/ano para estudantes de escolas públicas é insuficiente. Representa apenas 30% do que é investido por ano nas escolas particulares. "Mas não adianta somente colocar mais dinheiro se o atual panorama da gestão escolar continuar do mesmo jeito. É preciso acabar com indicações políticas para o cargo de diretor nas escolas públicas brasileiras; o gestor deve ser profissional, exercer liderança, entender de relações interpessoais, de tecnologia da informação, enfim, ser preparado para o cargo", conclui.
Maria Helena Guimarães, secretária da Educação do Estado de São Paulo, esteve presente ao evento e analisou os números obtidos pelo Estado paulista: "do ponto de vista do aprendizado, São Paulo está muito parecido com os quatro melhores Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Este último, embora não seja um Estado, apresenta há muitos anos um desempenho acima da média nacional.Todos pela EducaçãoLançado em setembro de 2006, o Todos pela Educação é um movimento que conta com a participação da sociedade civil, de gestores públicos, da iniciativa privada e de educadores. O principal objetivo é garantir que todos os brasileiros tenham acesso a uma Educação de boa qualidade até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?
pg=revista_educarede.especiais&id_especial=373

Alguns sites de videos sobre o tema:

http://www.youtube.com/watch?v=u8ZnW9Omx9c
http://www.youtube.com/watch?v=CME5NHa7Nfk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=XeZuDwzsdy8&feature=related

Academica: Luana Annes Tessis

Meio Ambiente

O homem e o meio ambiente

Autora: Edilza Santos Dutra Nery Ferreira

O que nós queremos para o futuro do nosso planeta?

No princípio o homem se preocupava apenas com o seu bem estar, como se os recursos naturais fossem infinito.Desta forma foi evoluindo intelectualmente, e a cada dia se preocupando com suas necessidades fisiológicas que hoje reconhecemos como abrigo, alimentação, emprego, enfim as necessidades básicas de um individuo. Uma vez satisfeitas essas necessidades, já procurava algo mais, como segurança, melhores amigos, satisfação do ego e auto-realização. Este processo não tem fim. É um ciclo vicioso. Onde a vaidade fala mais alto.Com o passar dos tempos, a paisagem de um planeta natural, totalmente recoberto por árvores, rios limpos, solo perfeito foi desaparecendo, sendo substituído por um ecossistema artificial. Hoje, a cidade parece mais um ferro a vapor, liberando gases quentíssimos, principalmente nas horas de pico, quando as pessoas estão saindo do trabalho, da escola ou indo para um feriadão. Como se não bastasse destruir as florestas para satisfazer suas necessidades básicas de moradia, poluem os rios diminuindo a vazão, prejudicando o transporte fluvial e desta forma afetando a biodiversidade aquática que, a cada década, extingue algumas espécies que talvez ainda nem tenhamos conhecido e que a sua ausência influencie ainda mais o aquecimento global.O nosso planeta está se aquecendo, isto provocará eventos climáticos intensos, como secas, estiagens, vendavais inundações e outros fenômenos talvez mais catastróficos. Os efeitos do aquecimento global têm sido observados em nossas geleiras e, como conseqüência ainda maior o aumento do nível do mar, que também acontece devido à propriedade de expansão das moléculas de água quando aquecidas. Temos que repensar o nosso futuro, não adianta olhar para trás e chorar as águas poluídas e as árvores derrubadas. Nosso planeta já esta com uma população superior à sua capacidade natural, porem não tem mais volta. O segredo está em unirmos nossas forças e trabalharmos em prol de um desenvolvimento sustentável. Já existem trabalhos nas escolas com as crianças de hoje, que serão os homens conscientes de amanhã. Se trabalharmos a engenharia civil fazendo cidades totalmente voltadas para o meio ambiente em todos os aspectos, se preocupando com o saneamento básico, reaproveitando cada gota de água, utilizando a energia solar e principalmente construindo um asfalto semelhante às rochas magmáticas que são fortes, porém porosas, onde a água da chuva poderá se absorvida pelo solo, teremos um mundo melhor.
Mariane Ferreira e Richard Hepp

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ética nas Aulas de Educação Física
Este texto foi selecionado por apontar caminhos que podem ser seguidos em relação ao Tema Transversal Ética nas Aulas de Educação Física. O texto sofreu adaptações, nossa intenção foi retirar apenas seus elementos centrais, os quais podem auxiliar os professores na sua prática cotidiana. Trata-se de um trabalho que foi desenvolvido no ano de 2008 como proposta do departamento de Educação Física do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, para vivenciar o tema transversal ética.


> Na introdução do tema transversal: Ética, há explícito que nos costumes, manifesta-se um aspecto fundamental da existência humana: a criação de valores. Os diversos grupos e sociedades criam formas peculiares de viver e elaboram princípios e regras que regulam seu comportamento. Esses princípios e regras específicos, em seu conjunto, indicam direitos, obrigações e deveres. Pela criação cultural, instala-se a referência não apenas ao que é, mas ao que deve ser. O que se deve fazer se traduz numa série de prescrições que as sociedades criam para orientar a conduta dos indivíduos. A palavra Ética representa algo que tem inúmeras significações. É um vocábulo que permite ser interpretado de acordo com a cultura da região na qual é invocada.
Na justificativa de legitimar a Educação Física, observamos o alcance da especificidade que a ela é dada considerando-se que é finalidade da Educação Física na escola, integrar e introduzir os alunos no mundo da cultura física, formando o cidadão ético que vai usufruir partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade física (o jogo, o esporte, a dança, a ginástica).
Nós podemos citar a organização das ações da Educação Física com fundamentação teórica, planejamento adequado, conteúdos sistematizados e metodologias participantes. Nesse sentido, estamos trabalhando a Educação Física numa perspectiva de transformação, rompendo com os padrões impostos pela classe dominante do esporte de rendimento. Pois este reflete os ideais do liberalismo econômico instalado em nossa sociedade onde alguém tem que perder para que outro possa ganhar.
Diante do exposto podemos compreender o nosso compromisso como educadores desde já. A partir de então, começamos a desenvolver um trabalho na condição de professor de Educação Física, com várias tentativas de legitimação da Educação Física com a temática ética, buscando a superação, primeiramente, da concepção de Educação Física que alguns professores têm, de uma disciplina responsável apenas de cuidar do corpo ou de recrear os alunos para passar o tempo, onde o lugar do raciocínio e do pensamento é o espaço dentro da sala de aula. Desta forma estamos procurando conscientizar e refletir sobre a importância da ética nas aulas de Educação Física e não como um tema a parte.
Procuramos vivenciar uma proposta concreta e realizável. Em um primeiro momento os alunos foram conhecer o que é a ética através do conteúdo trabalhado no primeiro trimestre, onde conhecemos a história do futebol e como os princípios éticos se distanciaram na sua prática. Pois no início não existia a figura de um árbitro e como ele surgiu através da necessidade de controlar as jogadas violentas. Para isso assistimos a um filme: “A história do futebol – Um jogo mágico”. Depois utilizamos a música: “É uma partida de futebol” para discutirmos a temática ética a partir da letra da música: “Posso morrer pelo meu time / Se ele perder, que dor, imenso crime/ Posso chorar se ele não ganhar/ Mas se ele ganha, não adianta/ Não há garganta que não pare de berrar”.
Analisamos que desporto é um produto da sociedade, mas tem alguma autonomia dela. Esta autonomia dá ao desporto a possibilidade de ser visto como ator que influencia a sociedade. Na sociedade capitalista moderna, o desporto tem de ser visto essencialmente em termos econômicos, é um importante artigo de consumo.
Há, portanto, um grande poder do mito. Ele atua sobre a imaginação das pessoas, cria um sentimento transcendente de unidade entre o ser e o universo, semelhante ao efeito da poesia. O mito tem a capacidade de fazer o indivíduo esquecer a realidade social em que vive e passar a viver num mundo em que se sente. O desporto é uma agência social e econômica extremamente poderosa devido à sua qualidade mitológica. O mito tem a capacidade ideológica de apoiar a ordem social, econômica e estrutura de poder vigente, escondendo as contradições e divisões da realidade social.
Diante disto somos cobrados a todo o momento a realizar a inclusão dos alunos neste processo, na visão de que a sociedade é que deve facilitar a inclusão dos excluídos e a outra visão é que os excluídos que devem promover a própria inclusão por competências individuais e se não conseguem são culpados pelo fracasso por não terem se esforçado o bastante, mas vimos que não existem excluídos deste processo, pois todos nós fazemos parte dele, o que existe é que alguns são mais favorecidos que outros.
Logo depois discutimos os preconceitos existentes que afastam a ética do futebol. Discutimos também sobre a violência no futebol sendo analisada a partir dos hinos dos clubes e para isso os alunos confeccionaram cartazes. No processo pedagógico das vivências os alunos construíram e vivenciaram o futebol e futsal, o voleibol, o tênis, atividades de consciência corporal, a transformação e utilização de materiais alternativos. Nesta fase das vivências puderam vivenciar os elementos históricos de cada atividade planejada, compreendendo, analisando, repensando, criando e recriando novas formas de manifestações corporais atuais. Puderam também construir novos materiais para a realização das práticas corporais. Tudo isso fazendo parte dos conteúdos específicos e planejados da Educação Física. E com isso não havendo a exclusão, garantindo acesso de todos os alunos as atividades planejadas anteriormente, incluindo homens e mulheres nas aulas, pois as aulas promovem um espaço de superação, confronto de diferenças e rupturas de padrões preestabelecidos.
Desta forma os alunos podem vivenciar atividades para portadores de necessidades especiais como o futsal sentado, voleibol sentado, futsal em duplas com os olhos vendados. No sentido de percebermos a importância da ética nos diversos jogos e com possibilidades de vivenciarmos as dificuldades dos portadores de necessidades especiais, desenvolvendo assim, com essas atividades o espírito de solidariedade, companheirismo, amizade, respeito às diferenças e limitações de cada ser humano. No que diz respeito sobre as regras dos diversos jogos, podemos vivenciá-las, compreendê-las como importantes na realização dos esportes. Mas também os alunos foram incentivados a criarem novas regras, sendo assim, construtores de espaços éticos e de respeito mútuo.
Além disso, não trabalhamos apenas com um tipo de conteúdo. Proporcionamos vivências em todos os elementos da cultura corporal. Percebemos a importância da aprendizagem de conteúdos diversos e significativos para a aprendizagem da ética.

>http://www.efdeportes.com/efd132/a-etica-nas-aulas-de-educacao-fisica.htm

Acadêmicos: Luciano Antonelli Becker e Luiz Fernando Zanoello.